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do mundo em que vivo e da vida que levo #



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Não tenho medo de demônios, mas, corro dos que acreditam neles.







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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Astrologia, Ciência que não falece

Há algum tempo, numa entrevista para a televisão, falava Caetano Veloso, uma das mentes mais estreladas no cenário da cultura brasileira,comentando sua parceria com Gilberto Gil.Para explicar o feliz entrosamento,lembrou ele que, sendo ele um leonino e um canceriano o Gil,era como se ele manifestasse um impulso mais berrante, agressivo e provocador e Gil revelasse certa ternura,docilidade,que se casavam na hora de compor e produzir suas obras.Mas, antes de recorrer a tal argumentação,frisou que "apesar de eu não acreditar muito nessas coisas"...
Temos aí um ótimo exemplo da relação que se tem comumente com a Astrologia e seus conceitos, de um modo geral.
Mesmo ele, homem tão ilustrado,não escapou ao preconceito que acompanha um conhecimento generalizado e arraigado em pessoas de todas as condições culturais ou econômicas.
Todo mundo sabe, pelo menos, qual é o seu signo astrológico, e esta é uma das primeiras informações sobre qualquer pessoa,que se requer quando a conhecemos.É comum, quando alguém toma uma atitude mais importante, mais significativa de seu modo de querer, dizer-se: '...é um leonino mesmo!'...
Seja católico ou protestante, todos recorrem aos arquétipos astrológicos para entender a alma de outras pessoas.
Acontece que a Astrologia não é uma religião,um dogma em que se pode crer ou descrer. A Astrologia é uma Ciência, talvez a mais antiga da humanidade, com seu princípio perdido nos primórdios da própria formação do que chamamos humanidade.
Dá-se a origem deste conhecimento como tendo ocorrido na Suméria, civilização que teria sido,também,o berço da escrita.
A observação do céu e dos astros sempre fascinou o ser humano, que nesta contemplação, além do deleite e do devaneio,percebeu o movimento dos corpos celestes e, mais que isso,percebeu a regularidade destes movimentos, a periodicidade de repetições em certas configurações formadas pelo posicionamento dos planetas e estrelas, e associou, pela observação das ocorrências coincidentes, influências que derivariam dos vários astros e das várias possibilidades de configurações, que se davam.
Associaram-se,ainda,a estes fenômenos astronômicos, comportamentos e tendências,não só dos indivíduos,como de toda a sociedade.Estabeleceram-se 'leis'e predisposições,que estruturaram o que se tornou uma Ciência.Não há aí, nada em que se 'acreditar', mas sim,conhecimentos que se pode ter ou não.
Voltando ao querido Caetano,talvez ficasse melhor dizer: "apesar de eu não entender muito destas coisas" do que " apesar de não acreditar muito"...
As pessoas não entendem do assunto, mas todos discutem-no, ainda que primariamente, e argumentam referindo-se a ele.Ouvi muitos 'incréus' dizerem: 'Ih, ele é de escorpião... não me dou com essa gente..." e, manter afastamento ou proximidade em função desta simples informação.
O conhecimento astrológico está arraigado no inconsciente dos povos,em formas variadas, de acordo com a cultura em que ocorrem, seja na China, na Suécia ou no Peru.
O interessante disto tudo, é o fato da funcionalidade dos dados astrológicos, a inegável infalibilidade das proposições, das quais nunca se escapa,devido à enorme abrangência delas.Se você distoa em alguns pontos, da descrição do perfil de seu signo,verá que, ao aprofundar-se nas complementações, como sígno ascendente, sígno lunar, decanatos,etc.,vai encontrar-se com exposições minuciosas de aspéctos íntimos e legítimos de sua personalidade e de seu caminhar no mundo.
Observando suas relações com outras pessoas, confirmará afinidades e desarmonias, que muitos chamarão de simples coincidências.
Por tudo isso, a Astrologia mantem-se vivíssima e em expansão, ainda em nosso tempo,tão pragmático,em que só se privilegia o saber que possa ser comprovado nos laboratórios.Esquece-se que os postulados astrológicos partem de longas e profundas observações, não só dos movimentos do céu,como das características e comportamentos humanos e das sociedades.Um saber amadurecido pelos séculos, que pode servir, melhor do que qualquer das titubeantes ciências 'modernas',tanto ao auto-conhecimento, quanto ao desvendamento de processos muito mais abrangentes, como o destino do próprio mundo manifestado.
Com toda a suposta evolução da atualidade,já seria hora de compreender que não existem mistérios, há apenas o desconhecimento de muitas verdades,muito preconceito que, se vencidos,poderiam enriquecer a humanidade e afastá-la de sua santa ignorância.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Família: célula dos problemas da sociedade

Vamos voltar num tempo em que a criatura humana era ainda um bicho peludo, que andava de quatro.Ninguém, ainda, sabia de nada.
Certas substâncias, advindas dos alimentos ingeridos,a elevação da temperatura e certos pensamentos provocavam a ativação de instintos animais e produzia-se um primeiro grande mistério da espécie humana: a ereção do pênis. Os homens ficavam encantados com aquele efeito, que se lhes afigurava como algo mágico. Sentiam-se enlevados para uma outra realidade, tinham grande prazer e se maravilhavam,quando no ápice do transe, dava-se a ejaculação.Antes de entenderem nisto, algum evento sagrado, viam aí uma grande diversão e presumiam um sinal de poder.Atacavam as fêmeas e introduziam~lhes o membro enrijecido, numa ação violenta, que causava grande susto, mas culminava com o prazer delas também.Como este estado acometia os amchos várias vezes, todos os dias,o ataque às fêmeas virou rotina.
De repente, as mulheres sangravam.Dava-se assim,o segundo grande mistério da raça.E este tinha caráter mais assombroso,não só pelo sangramento, mas pelo comportamento das fêmeas, que tornavam-se mais violentas nas véperas do evento.
Às vezes, a fêmea começava inchar,seu ventre intumecer-se e várias transformações se processavam,até que resultava no terceiro grande mistério: uma nova criatura surgia de dentro da mulher,movendo-se e parecendo uma cópia dela mesma.Ninguém,ainda,entendia nada,e para tudo foram inventando explicações místicas.
Mas a rotina seguia modificada.A selvageria daquelas eras exigia destreza em enfrentar as empreitas da sobrevivência, tanto no referente a sustentar-se,como no defender-se das outras feras famintas,e a mulher grávida, ou com a cria no colo,via-se fragilizada e ainda mais atraente aos predadores.
A precariedade da nova criaturinha induziu todo um relacionamento da progenitora e seu fruto,e a fragilidade dela estabeleceu nova dimensão de sua relação com os machos.
Esteja claro que, no princípio,o mais provável é que atirassem o bebê nalgum abismo, uma vez que aquele ser inútil só dificultava a vida.
Mas, logo perceberam que, crescido, o bichinho acabava sendo útil.Podiam usá-lo de vátias maneiras.
À medida em que desenvolveu-se a 'sociedade', filhos significavam braços para os trabalhos nada leves que a vida cobrava,podiam ser preparados para fortalecer as ações de defesa do grupo e, o mais importante,diante da decadência que assomava os seres com o envelhecimento,representavam a manutenção dos pais quando velhos e decrépitos.
Em cada época e em cada grupamento humano, dependendo da realidade que se apresentava, o filho vai ganhando condições diferentes,mas,sempre, era o eixo, em torno do qual se estabeleceu a noção de 'família'.
fique claro, também, que os velhos não deram à cria o este 'status': tomaram para si toda a importância e pregaram sempre,que o filho era devedor do benefício de existir,um favor concedido pelos genitores.
nunca entenderam que eles faziam apenas gozar os prazeres de seus instintos de animal e explorar o nacituro, e que a vida da criança origina-se muito além das vontades de seus libidinosos pais.
Antes mesmo de nascer, o destino do filho é determinado pelos pais.
Quem nunca ouviu alguém dizer: 'quero um filho para ir comigo ao estádio de futebol,me ajudar a atacar a torcida inimiga!",ou: " terei uma filha e ela será uma bailarina,tão delicada e mimosa quanto eu mesma nunca consegui ser!"?
Os pais querem que o filho seja uma complementação sua,e alcance os objetivos que eles não tiveram competência para alcançar.Cobram dele uma vida que ele nem sabia que ia ter.Fazem-no responsável por cultuar e servir aos pais,que normalmente produzem a criatura por mero acaso.
vejamos as famílias rurais, em que a enorme prole garante o serviço na lavouro e o descanso do pai, que olha da varanda, fumando seu cigarrinho, deitado na rede, os filhos suando na enxada.
vejamos as famílias de lugares em que a terra não favorece,que vendem seus filhos para satisfazerem a luxúria de alguns mais bem providos.
Vejamos as famílias que exploram alguns de seus filhos em trabalhos indígnos e investem tudo em um único filho, que será 'dotô',e garantirá a velhice confortável a seus 'criadores'.
Vejamos as famílias em que o pai abusa sexualmente de meninos e meninas, por verem nisso um direito de pai.
Vejamos as famílias que atiram a criança importuna no cesto de lixo, ou pela janela do apartamento.
Vejamos os casais,que vingam-se mutuamente enfiando agulhas no corpo do filho.
E não esqueçamos de situações como a da Itália,em que a natalidade descresce,não tanto por desinteresse sexual dos vaidosíssimos homens italianos,mas por prevenção contra a caríssima responsabilidade que tornou-se ter um filho numa cultura como a deles.
Vemos que a selvageria daqueles tempos,de seres humanos peludos andando de quatro,não se afasta muito da brutalidade dos dias de hoje, de seres estúpidos e alienados.
Eu pergunto: quando se perceberá que a grande 'graça' está na criatura, cuja vida é dada pela força da Natureza,e não pela cópula do indivíduo?Quando os pais assumirão,com total satisfação e desprendimento,a responsabilidade por um ato seu e entenderão que, naturalmente, o filho lhes será grato,se foi bem tratado e preparado,e não abandonarão seus velhos,voltando para a casa de onde foram expulsos, para limpar, voluntariamente, a bunda de seus pais, quando eles se virem necessitados?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Futuro Condomínio

Aquilo,de que a História se repete é isso mesmo... A História vai se repetindo à nossa frente,descaradamente,sem qualquer pudor pela falta de originalidade!
Vocês se lembram... Napoleão se alastrando,o negócio ficando pequeno lá na Europa, com pestes e tudo,povo sempre na miséria e fome,Espanha em pânico,Inglaterra maquinando mil coisas. Não teve jeito...E no aperto, originais foram os portugueses,que apesar de, na hora do se-ficar-o-bicho-pega-se-correr o bicho come, terem decidido pular na água salgada e fugir, mostraram que os nobres também tinham lá seu valor.
É que não passaram pelo que passava um escravizado, mas a porcaria era boa... deviam aparecer até urubús em volta das naus.Uma família real em alto-mar,balançando na incerteza, enfrentando o inimaginado.
Além do cenário tártarico, personagens pantagruélicas e aromas mórbidos,ali viajava a História, embaúlada para se transformar.
Era exatamente a fermentação de uma nova dimensão de existir, a vinda de uma corte da Europa para as novas terras, que o mundo nem sabia que tinha.A corrente da 'Cultura Humana',finalmente se estenderia por toda a superfície da Terra.
E olha, que os europeus que se viram nessa missão não pouparam esforços no sentido de domesticar os incultos executores de tudo,aqueles que garantiram o sucesso da empreita, pois sobreviveram a todas as brutalidades e construíram o novo mundo, onde a 'civilização' viria encenar suas novas tramas.
Agora estamos em vias de presenciar outra era de expancionismo e grandes navegações.
A coisa aqui está ficando cada vez mais feia, o ser humano já conseguiu destruir quase tudo,já inventou todas as formas de explorar o ambiente e as pessoas.
Os americanos, desafiados mais e mais deslavadamente,com gente se aventurando a bombardeá-los e a anunciar-lhes que não seguirão seu autoritarismo, já estão se preparando para espirrar fora e tentar novos domínios.Pode parecer ficção,mas os fatos já estão aí, se repetindo para todos verem.Incluam-se as ameaças de auto-destruição do próprio planeta, ressentido das agressões produzidas pela espécie humana.
Sem a mesma urgência da partida portuguesa,está se preparando a invasão do espaço sideral,com muita riqueza escorrendo nestes projetos,a despeito do resto da humanidade,em condições de velha miséria, para sanar a qual os governantes sempre alegam não dispor de recursos.
Em breve será possível viver em belíssimos condomínios na Lua.E nem será preciso dos tenebrosos navios-negreiros para arrastar as pessoas que trabalham.Serão explorados robôs.Tudo já está sendo devidamente preparado.
Pode parecer novidade, mas nada é novo. A história se repete descaradamente,só parecendo dissimulada devido à ignorância da humanidade.
Desta vez, irão sózinhos,e quem não puder financiar sua viagem ficará para roer o osso deixado, e os que partirem continuarão podendo não fazer nada e terem servidores: lá por robôs e aqui pelos que não pensaram em nada disso antes.
A vantagem dos robôs é que só pensarão mesmo, naquilo para o que forem programados,não criarão revoltas nem escolas-de-samba.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Próxima Presidente

O problema agora é o amanhã sem problemas. O caminho a seguir é claro.
Mas, sempre o perigo espreita nas veredas. tudo pode acontecer,surgindo assim o suspense.
Temos que escolher um novo Presidente, decidir como é que queremos que as coisas sigam em nosso país, e tudo indica que o povo já sabe enxergar onde está o mel.Mas,o suspense surge devido às surpresas, que também recorrem na momento das escolhas do povo.
Se o raciocínio for errado,não será só o tempo de um mandato,o que teremos de atraso.As conseqüências podem se estender, configurando, ao longo do tempo,um muito maior retrocesso do que revelem as aparências.
As aparências, aliás, são um ponto-chave, na formulação de um correto raciocínio acerca da escolha a fazer.E digo retrocesso, tendo em vista a situação atual do país,da sociedade e de cada um.
O Brasil progrediu, cresceu.Melhorou sua produtividade, e fez-se respeitar entre as nações.Mas,os degraus subidos ainda não levam ao alto da escada. A hora é de seguir em frente, continuar, e não, de forma alguma,retroceder. Deve-se ter em mira o fururo.
Voltando às aparências,é bom lembrar que para muitos cidadãos brasileiros,ainda é a imagem,a única informação que se apreende dos candidatos aos cargos públicos.
Temos inúmeros casos de indivíduos que usaram a posição política para a prática de crimes, foram denunciados, ficou notório e comprovado que tinham infringido a decência,passando a população para trás, e ainda assim, se candidataram e foram eleitos.São os fantasmas das campanhas,que seduzem e enganam.
Quando se fala de um político e anuncia-se sua formação como médico ou engenheiro ou advogado, por exemplo,quer-se que o povo entenda aí indícios de competência e integridade.Quando se vêm aqueles homens em seus ternos em tom de azul, engravatados,mechas brancas na cabeça,poder-se-ia supor seriedade,rigor, honradez... Mas é aí que mora o perigo!
Os fatos reais acusam, indiscutivelmente, que uma coisa nada tem a ver com outra.Os elegantes senhores do poder têm incorrido em duas infrações gravíssimas: inépcia e concupiscência.O terno azul pode dar a impressão de probidade, e iludir o incauto e mau informado eleitor.
Há que se ir além do curriculo, já que os doutores que têm se perpetrado no poder,e dado vergonhosos exemplos de libidinagem e banditismo são homens de paredes forradas de diplomas.
Não tê-los não fez falta alguma a Luis Ignácio 'Lula' da Silva,no exercício de seu brilhante mandato,embora ele não tenha podido escapar do terno azulado.
Valeu a ele sua visão do mundo,sua consciência do que é ser escravizado e explorado.Ele conhecia os verdadeiros interesses de quem nunca conheceu privilégios, de quem faz de fato a riqueza e é escorchado dela.Demorou a alcançar o objetivo, e a desvantagem de não ter o tipo caucasiano do concorrente nem o enchimento de nomes de família. Era um Silva. Sai honrado para os livros da História como o maior Presidente da República do Brasil.
Mesmo assim, muitos gostariam de voltar no tempo.Recriar as velhas ciladas...
Nossa próxima escolha deve recair em alguém que tenha estes mesmos precedentes, que tenha causas e esteja nesta mesma luta pela dignidade dos indivíduos,pelo bem-estar de toda a população e que consiga compreender as relações de causa e conseqüência das ações,nas dimensões reais de abrangência que alcançam. Já não podemos sustentar obras faraônicas para perpetuar nomes de familiares de coronéis, que esvaziam cofres,acabam virando moradia ao povo miserável e provocam inundações nas cidades.
População, ambiente, obras,políticos e dinheiro público são um eco-sistema, a harmonia está no equilíbrio, não podemos permitir a invasão de predadores para não sermos devorados.
Mais que currículo, um candidato adequado a nosso tempo deve apresentar uma história e o eleitor deve avaliar o perfil, atendo-se às atitudes do cidadão.
Não podemos voltar atrás.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Louvores à Beleza

Sempre se pergunta qual o elemento mais importante dos desfiles das escolas-de-samba.Há unanimidade quanto a ser a bateria a essência da escola,sine-qua-non do desfile.
Outra discussão,que morre e ressurge é a condição de a Rainha-da-bateria ser uma celebridade ou atriz,que surge de repente,sem qualquer contexto com o momento, a não ser a oportunidade de estar em evidência, com projeção em todo o mundo,num lugar glomoroso,que é sonho de qualquer mulher: o de Rainha,admirada e invejada.
Esqueçamos as 'paraquedistas' e vamos acabar com polêmicas: a bateria é o coração, as baianas são a alma,mestre-sala e porta-bandeira são o rosto, a velha-guarda é o esqueleto,a estrutura,todos importantes como os outros tantos não citados,mas o corpo é o da Rainha. Ela é tudo!Tudo de bom que a escola pode mostrar como símbolo de vitalidade, energia,garra e ainda encanto, sedução e graça. Ufa!
Diferentemente das oportunistas, as Rainhas vivem para sua escola, convivem em sua comunidade,preparando-se desde muito cedo para o seu momento de glória, quando ela é a estrela maior, que atrai todos os olhares e induz a sonhos...
É no rebolado da Rainha que está todo o segredo, todo o mistério desta magia contagiante, que é o desfile de uma escola-de-samba.
Em sua essência, o Carnaval é a festa da vida, um louvor à fertilidade, garantindo que a vida vai continuar e ser feliz.
Fácil entender o realce desta figura magnética e a cobiça por estar neste lugar.
Então, a dança da Rainha deve distribuir graças,centelhas de desejo, que farão o incêndio da vida.Novamente, não estou falando das malabaristas, centradas em sí e nas imagens que possam produzir atravás das câmeras dos fotógrafos, os zangões dessas abelhas...
Falo das meninas brasileiras, que aprendem ginga, de pés descalços,no terreiro ou na areia, e se bronzeiam na laje,ainda que,se bronzear, elas nem precisem.Falo dessas moças douradas,loucas de curvas,naturalmente dengosas, que sabem muito bem que, além de cartão de visitas da escola, e de todo glamour que envolve o cargo,uma Rainha tem uma responsabilidade muito maior, quase invisível, entranhada que está no aperto dos couros,no descer dos braços, no estalar das baquetas.
Uma rainha é o rítmo. Ela dá conclusão a todo o trabalho dos músicos, e é a baliza onde o batuqueiro,que chega aos céus no delírio da execução,vai ancorar-se e reencontrar-se,de volta ao chão. E ele duvidará de que não está no paraíso, diante de uma verdadeira deusa encarnada, cheia de doçura nos gestos,exuberância das formas,e pura tentação no sorriso e no olhar. A simbiose entre Rainha e batuqueiros e o próprio batuque, fazem ver que, mais ainda,se a bateria é o coração, a rainha é o sangue que esquenta e quase faz explodir milhões de corações.
Salvem nossas Rainhas!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Jesus ainda carrega sua cruz

A passagem de Jesus pelo mundo é indubitável, apesar da falta de 'provas' de sua existência. Jesus nunca escreveu nada, e o que disse ou fez são histórias contadas por outros.Indubitável pela força dos relatos e pelos efeitos que ainda servem, senão como modelos, ao menos como referências a inúmeros movimentos atuais.
É muito importante buscar e definir claramente o que foi exatamente pregado por Jesus, já que ele foi líder de um movimento político de libertação, que muito pode nos orientar, e porque ele foi usado como bandeira, por outros movimentos: para alardeá-la, os que dela se serviam, para apedrejá-la,os que nela enxergavam ameaça.
Há que se apurar o verdadeiro cristianismo.
Eram comuns os profetas e visionários, magos e sábios de todo tipo, circulando pelas cidades da Antigüidade e pregando a vinda de uma salvação.
Grupos diversos se formavam, seguindo mestres, que representavam para a gente comum,um contato com alguma dimensão superior, mas também um elo de esperança de dias melhores. Lembremos a miséria e a ignorância predominantes. A brutalidade se expressava nas relações cotidianas.Os soberanos exploravam de tal forma a sociedade, que quase igualavam escravos e senhores.
Religiões antigas, em decadência,mas ainda vivas,tentavam sobreviver, mesmo perseguidas.Pela guerra,povos assenhoreavam-se de outros povos, impondo língua e costumes estranhos, que se sobrepunham.
Estar no poder era estar numa corda-bamba e qualquer manifestação de oposição podia custar a vida.Ansiava-se por libertação das condições precárias.
Em meio a tal estado de opressão, viveu Jesus o seu destino.
O destino de todo aquele traz uma verdadeira luz ao povo, o fogo para erguer-se e reencontrar a dignidade.O destino dos que insurgem-se contra a tirania e a concupiscência dos poderosos,e lutam pelos direitos da massa.
consta que Jesus dizia as seguintes palavras-de-ordem:
"Amai-vos uns aos outros", corretíssimo, quando se almeja que os aderentes de um movimento sejam leais à causa comum, não decaindo no egoísmo,princípio de dores alheias.Não se corrompa, pois você também sairá roubado.
"Crescei e multiplicai!", já que seus seguidores eram fracos em número e o sucesso daquele movimento dependia justamente do máximo de aderências. A multiplicação das idéias de libertação pelo reconhecimento da igualdade humana, garantiria a atitude de não aceitação do jugo por outros homens, que se auto apresentavam como superiores e até divinos.Estas palavras, talvez as mais gravemente deturpadas,foram reinterpretadas de forma bem chão, num sentido carnal, por ser o nascimento de novos servos de importância capital para o imperialismo propugnado.

"Só há um Senhor, que está no céu." Nada mais claro, para implantar-se
a negação dos reis, que viviam entre a luxúria e a violência,a custa da escravização dos povos.Era uma chamada universal.
O movimento foi poderoso.Mas, foi traído.Jesus não conseguiu seu intento,não salvou a humanidade, que,muito ao contrário, afunda-se mais e mais na servidão cega a valores e crenças obscuras e em práticas opostas àquelas pregadas pelo nazareno, embora muitos se digam cristãos. Ele não logrou o intento, mas deixou a fórmula para alcançá-lo e cumpriu o destino dos heróis: ser apontado, perseguido, traído, capturado,torturado e morto.
Ainda hoje,isso é assim.
O mais triste, é ver que depois de derrotado, Jesus viria a servir, com seu pensamento sublime,como panfleto para campanhas totalmente avessas às suas diretrizes,numa condenação bem mais dolorosa que os cravos de ferro.
Jesus foi apropriado, virou mito e foi desfigurado, agora pelas mídias de todas as épocas,e é a pedra em que se amarram os submissos, e a que se quer amarrar os iluminados, para que se submetam.
Jesus virou garoto propaganda para venda de produtos diversos e chamariz para explorar ingênuos e sustentar gente trevosa.
É compreensível todo o mistério que se desenvolveu sobre o nascimento de um Salvador, ou a mística com que revestiram sua imagem.Havia interesses imensuráveis.
Difícil é ver tanta gente enganada.O Cristo, vencido, a liberdade, adiada.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Quando será?

Desde que nasci, notícias de enchentes são comuns em São Paulo. Todo ano.
Uma chuvarada e pronto. Destruição, prejuízo.
E, como tudo nesta cidade, crescem também, a cada ano,a quantidade de pontos sujeitos à inundação,áreas de risco,a quantidade de gente desesperada,as medidas que 'serão' tomadas e o caradurismo dos administradores que, há séculos, manifestam sério interesse em sanar o problema, sempre que a cidade se vê alagada,para depois não fazerem nada.
Curioso é lembrar que em São Paulo está a Politécnica da USP,escola disputada a tapas por 'sortudos' do mundo todo. Saem de lá o que há de melhor na área.Os engenheiros preencherão vagas nos melhores empregos disponíveis.Principalmente os cargos públicos.
Não bastasse a inépcia dos políticos, ajuntada á ela a criatividade de nossos peritos,temos o que vemos:
Uma vergonha!
Agora, incrementadas pelas mudanças climáticas, as enchentes em São Paulo pipocam de todo lado.
A cidade mais rica do Brasil.
A desculpa é sempre a mesma: não há vazão para a água.
Canos não deram conta da demanda.A chuva foi demais...
No entanto, as obras continuam;-'A cidade 'não pode parar1'...
Pistas, umas sobre as outras,lotadas de carros,muitos prédios, túneis,viadutos e condomínios fechados. Ninguém percebe qualquer relação com possíveis desastres futuros, envolvidos com as obras. E o planejamento?
São arquitetos, engenheiros e políticos unidos numa sinistra missão.
Corporificar o poder de um sistema, representado pela metrópole,empregando as mirabolantes verbas que, para isso, o sistema dispõe.Uma fortuna chamada erário público.
É um' pega para capar', do qual, nem sempre, quem sai com a 'parte do leão' é o mais competente. E, vamos empreender obras!...
Depois das enchentes, só se ouve que o local era inapropriado, que algum esquema falhou... Como é que ninguém vê nada antes?
Os nossos engenheiros, talvez embriagados pelo bucolismo dos tempos de faculdade(as folhas secas caídas no gramado, se prendendo aos cabelos desgrenhados,emoldurando jovens sorrisos da moçada que brinca,deitada entre as árvores, namorando... É lindo! Você precisa visitar a cidade universitária!)...talvez daí lhes advenha a 'cuca-fresca',e todo mundo sabe que é melhor se preocupar com concursos de avioezinhos-de-papel ou terapias de bem-estar,e daí tirar as idéias para esenvolver projetos de aerodinâmica, do que 'encucar' com coisas que só estressam e envelhecem!
Sim, os céus tem 'forçado a barra' ultimamente: chove forte, todos os dias,há quase um mês, mas os gastos do prefeito com campanhas publicitárias de sua gestão já chegam a 100 milhões, enquanto as verbas para limpeza pública são cortadas.
Mas, todo bolo tem que ter um fermento e neste caso é a imundície do povo.
Um povo que vem buscar,justamente nesta cidade,um sonho de viver como rei,que se atraca com a idéia de estar, aqui, no primeiro mundo...
O povo consegue fazer muita sujeira e largá-la, relaxadamente, nos lugares mais improváveis.Não há reflexão.Há um deboche mórbido.
A 'linha-branca',já no primeiro trimestre,deve alcançar índices inéditos, com a reposição de mobílias, de parte dos flagelados,assim que eles puderem dar um novo endereço e entrarem em novas 'prestações'.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Como ficar leve de corpo e consciência

Ao acordar, tome água.Antes de mais nada.Respire fundo. Relaxe.O que você sente?
O dia começou e há vários afazeres.Seu corpo deve ser abastecido para realizar as tarefas a contento.É uma necessidade.Você precisa de energia.
As 'sugestões' vêm do próprio corpo,como solicitações deste ou daquele tipo de alimento,mas é a mente que deve dirigir todos os processos de escolha,até você sentar-se para tomar seu café-da-manhã.
Na primeira refeição é que, de fato, deve-se procurar mais substância, não havendo qualquer proibição,mas você deve saber o que está fazendo, o que está comendo.Você deve comandar o seu corpo.
Além disso, aquilo que você comer vai determinar muito de como você será em suas relações com o mundo.
Não só fisicamente, mas no modo de ver a vida, de pensar as coisas.
Já ouvi alguém dizer que 'quem não come carne, fica bobo'... Talvez, não revelar agressividade deva causar estranheza em alguns. Talvez a delicadeza esteja fora de moda.
A moda, aliás, que em todas as épocas,leva principalmente as mulheres,a situações extremas.
Mas, não podemos esquecer da aplaudida 'barriguinha-da-prosperidade', que os homens cultivam com a felicidade de quem fica rico.Fingem não verem nada,e quando não dá mais para negar, agem como se realmente adorassem.
Só que, parece mais fácil desfazer uma fortuna,que diluir a dita barriguinha,própria dos homens da classe-média,logo que casam.
Bem antes de casar,já as mulheres sofrem com o dilema que as põe entre a salada completa e a cumbuquinha de feijoada.
Há uma máquina poderosíssima, movida por forças do bem e do mal unidas, dizendo que a menina deve ser uma Gisele,lânguida,dinâmica,desapegada...Frugal.
Por outro lado, no caminho para a padaria, há a pracinha,a porta do bar ao lado da borracharia,cheio de homens jogando bilhar.
É um outro mercado, em que as mulheres,já pela natureza feitas fora do padrão de prestígio estabelecido,saem desorientadas a fazer o que manda a barriga, quero dizer, o coração, na famígera corrida por seu macho.No mínimo,servem as cantadas,os assobios... ficam todas cheias.
É que existe um conceito de 'mulher vale-quanto-pesa',agora fortalecido pelos repetidos casos de anorexia e bulimia levados a público,contra o poder das modelos.Prega-se que 'homem gosta é de carne','mulher desejada e bem sucedida é aquela que consegue logo seu homem'.Assim, vão as mulheres à deriva,legando aos filhos as mesmas crenças e os mesmos vícios alimentares com que sonharam por toda a vida.
Há crianças que entendem,muito tenras, que é prestigioso ter 'enjoamentos' e receber atenções especiais,que persistem não comendo certos alimentos, quando adultas,ao quê,dizem: 'nunca gostei mesmo,igual minha mãe'...
De qualquer modo, o segredo é não sair da forma.É bem mais fácil.
Se você é magro, tome um copo( no começo)de água fria em jejum;se quer perder peso, um copo( ou mais) de água morna, antes de começar a introduzir em seu corpo, aquilo que deve satisfazer necessidades concretas do funcionamento do corpo e da mente, em vista das atividades que você executará.
O alimento deve ser valorizado em função de suas propriedades e dos efeitos que possam produzir.Não se deixe enganar pelos sentidos.
É preciso aprender a sentir corretamente os alimentos, suas cores, seus perfumes,seus sabores e texturas.Há que se viver integralmente a experiência de saber cada ingrediente.Sem pressa.
Comer por comer é optar pelo 'mais prático'e ir pelas aparências.
Quando se está em situação econômica melhorada, tende-se a achar,que se precisa consumir coisas mais caras.
Infelizmente, a aparência de quem come, nem sempre fica tão agradável.
Mas a questão realmente não é de aparência, é de saúde e a solução não vem em cápsulas, nem se alcança em acadêmias de malhação.
Depende de educação, que deveria ser dada, e de consciência, que se precisa ter.

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