# Uma vista de baixo para cima

do mundo em que vivo e da vida que levo #



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São Paulo, São Paulo, Brazil
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Não tenho medo de demônios, mas, corro dos que acreditam neles.







Avanço

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para algum lugar

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Há muito tempo,o planeta era habitado por bichos enormes!
Eles não questionavam nem de onde vieram nem para onde iriam.
Mas,ficaram seus ossos,para não haver dúvidas de que existiram.
Desapareceram por serem muito grandes e não encontrarem alimentação suficiente...teoria discutível que não cala a celeuma sobre o assunto.
Há fósseis de criaturas pequenas da mesma época e há seres vivos que só puderam ser explicados,depois que suas semelhanças com 'supostos' habitantes arcaicos foram percebidas.Há muitas teorias.
Darwin passou à posteridade ao propor uma 'evolução'
É preciso entender que o tempo envolvido aqui é muitíssimo maior que o tempo de uma existência.Uma evolução dependeria de vários fatores e gerações para se efetivar, mas, como seria um processo, não teria um começo estabelecido nem uma conclusão.
As aves teriam sido répteis.
Fato é que, hoje,não há dinossauros, a não ser em obras que usam este tema. Aliás, pode-se auferir grandes lucros com a exploração do interesse que o tema suscita.
Importante é saber, que os dinossauros tornaram-se inviáveis.
Existiram por milhares de anos. Apavoravam.
Os seres humanos também não desaparecerão, mas, terão muito que mudar. Mais ainda. É a evolução.
Agora, vou parar um pouco, pois sinto que preciso comer alguma coisa...

domingo, 14 de agosto de 2011

Nem dava para sentir o frio daquela hora. Me enrolava mais nas cobertas, fingia que ainda dormia e ficava só escutando...
Cheiro do café, no coador, do pão fatiado, tostando, na frigideira...
Minha avó só usava leite-em-pó, que ela 'batia' em água bem quente, na hora de misturar com o café. As canecas já estavam craqueladas e podiam ter alguma lasca na borda.
Enquanto eu tomava o delicioso café ( meio frio) com pão torrado, ouvia o rádio: nem chiava!
Aquelas músicas já soavam desde que eu estava debaixo das cobertas.
Saudosas melodias de violas e violões, as músicas caipiras eram, algumas, acompanhadas de sanfona e tinham uma falsa inocência e muita verdade!
Não se podia falar nada: era 'falta de respeito' falar na hora da comida e minha avó, D.Alzira, queria ouvir o 'ispique'( que é como ela se referia ao 'speaker').
Então, ele repetia:"É o Zé Bétio!", e tocava mais uma música.
Em casa, era bem diferente!
Tinha-se que 'pular da cama' logo.
O leite era fervido e o pão era comprado na venda da D.Cida.
Cada um cortava uma fatia da 'bengala' e passava margarina.
Normalmente, a casa ficava vazia, pois saia-se para trabalhar.
Mas, é inesquecível o som do rádio.
Crimes, mortes, coisas comuns, tudo contado com mestria.
As histórias eram permeadas por muito suspense (muito em moda)e ficavam melhores pela entonação. Só havia relaxamento, quando se ouvia:
"Gil Gomes lhes diz: Bom dia!"
A pausa podia ser mais curta ou mais longa, conforme o suspense da história ou o efeito que se pretendia.
Era incrível a seriedade, durante a pausa, e a prontidão com que tudo continuava.
O jornal 'Notícias Populares' se incumbia de manter aquele clima.
Entre guarânias e boleros, não existiam os 'video-games', os pais tinham que espancar os filhos e ir à missa todo domingo.
Alguns não iam, mas, chamavam os mais assíduos de 'carolas'.
Ninguem falava nada.
O rádio estava sempre ligado.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Banzo

Falam que'os escravos comiam terra até morrer' por banzo.
Dizem, tambem, que 'saudade' é uma exclusividade do português(a lingua).
Mas saudade não é um idiotismo legítimo, pois há equivalentes em outras linguas.
Fala-se da nostalgia dos negros,afastados de sua terra...
Há mil interpretações!
Segundo a Igreja Católica, os negros não tinham alma.
É, mesmo,muito difícil definir sentimentos, mas, talvez, ficasse mais fácil, se
se perguntasse, a outros escravizados, o que sentiam.
Sim, pois todos os prisioneiros de guerra eram escravizados!
Pode-se supor que tal realidade fosse insuportável...
Há os que dizem que aquelas pessoas, afastadas de sua origem, comiam terra para sentir maior proximidade...
Os senhores deviam ficar arrasados, pois tinham um tremendo prejuízo!
Não que houvesse grandes despesas com enterro.
Aliás, tambem eram pequenos os gastos com o angú.
Mas, perdia-se uma propriedade! Pagava-se muito por uma nova peça...
Os bebês paridos por escravizadas eram escravos, mas, talvez, para não ter gastos com a criação, eram logo vendidos: ganhava-se algum dinheiro e não se o tinha que criar...
Muitos fugiam, pois preferiam enfrentar as adversidades do lugar estranho.
Até, pode-se chamar o 'banzo' de nostalgia ou 'saudade mórbida', como alguns preferem, mas a atitude tinha um defecho radical.
Podem-se buscar várias explicações, mas, terra era tudo de que dispunham.
De qualquer modo, tinha-se que ter muita coragem,já que a morte não era imediata e,embora agüentassem penúrias,não se pode afirmar que alguem,tratado com tal violência,deixasse de sofrer.
Para fugir de uma existência inglória,ia-se ao encontro da morte!
Daquele jeito, para não viver, era melhor morrer...Será que sentiriam saudade do lugar em que poderiam ser capturados para serem vendidos?
Talvez,quisessem voltar a velhos costumes ou soubessem que a liberdade era só uma ilusão...

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Nheengatu é o nome da língua falada pelos Tupi.
Por trezentos anos foi a lingua-geral do Brasil!
Quando os Tupi tentavam reclamar de alguma coisa, eram ridicularizados; assim estabeleceu-se a expressão 'nhem-nhem-nhem'.
Ficou chamada de Bela Lingua...
Depois, foi imposta a lingua portuguesa (usada só pelos recém-chegados) mas, ainda há quem desconheça a novidade, conhecendo a velha forma de falar!
Embora seja mais fácil localizar,no dicionário, palavras e frases francesas,italianas e japonesas,usadas livremente, pouco se fala do nheengatu.
Em Guaianazes ou Guarulhos, em Itaquera ou no Ibirapuera, a dúvida será sempre a mesma.
Sabe-se que, a Lingua Portuguesa resultou do latim-vulgar, falado pelos soldados, quando os latinos invadiram a Ibéria, mas, como seria a lingua falada por aqueles povos?
E há quem se incomode com o 'gerundismo'...Querem recriminar o povo francês, por sua antipatia...
É o mesmo que criticar o duplo-sentido das músicas saídas da Bahia ou querer discutir as destruições provocadas pela construção da usina de Belo Monte!
Curioso é o orgulho, em citar que, num território tão grande, como o brasileiro, com tantos analfabetos, uma única lingua seja comum...
Pior são os modismos!
Uma Lingua é uma lei, baseada num modo de falar.Assim, a Lingua Portuguesa não é respeitada nem em Portugal. As reformas são facilidades políticas...
Apesar da necessária lógica para se organizar, a mentalidade que determina os fatos lingüistícos não muda com mudanças no uso dos fatos.
Liberdades serão sempre tomadas, por força,física ou econômica: se,uma Lingua estabelece uma pronúncia para uma representação de um som, deveria ser respeitada,mas, como dizem, que,no Brasil, uma lei pode 'pegar' ou não...
O 'S', entre vogais, por exemplo, será sempre lido, em alemão, com o som do'Z', português, mas, no Brasil,há maior versatilidade.
Até o machismo, acusado na Lingua Portuguesa, é questionável, já que existem os substantivos 'comuns' de dois gêneros.
Realmente, é muito mais fácil mudar uma lingua, que a mentalidade que a forjou. Há um espaço, entre liberdade e autoritarismo. Só se atinje as letras,se entender-se um direito.
Lembremos que, modismos ocorrem para privilegiar necessidades, mesmo, contrariando regras envelhecidas.
Qualquer dúvida, vejam-se os nomes, que alguns teem que carregar, a vida toda, pois os pais puseram ou o caso das acentuações, nas palavras da nossa lingua.

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