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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O que fazer com o cabelo?

Todos os dias, assim que despertam, as pessoas cuidam de sua higiene, de sua aparência e de sua alimentação,nem sempre, necessariamente nesta ordem.
E todo dia tem-se que dar uma forma aos cabelos, ou cobrí-los,num gesto que é tão banal, mas que envolve uma gama imensa de significados. Há até o clichê de que os cabelos são a moldura do rosto, para justificar a importância que se dá à forma que os cabelos apresentam.
Na arrumação do cabelo colocam-se não só os sinais que se quer que vejam, numa preocupação com o exterior,como profundas necessidades do mundo interior, que nem sempre se quer que note.
É aquela história da mulher negra, que alisa seus cabelos para parecer branca.
Mas os cabelos revelam sua identidade, sua tribo, e nessa tribo concreto-metálica urbana moderna, ainda procuram-se referências de origem e status no modo como se traz o cabelo.
Quando eu era criança, cabelos tingidos de louro, mal conservados, e por isso com raízes escuras, só as 'mulheres da vida' usavam.
Hoje,não só as mulheres, que ascendem algum degrau, tingem logo o cabelo de louro, como o homem, principalmente negros, quando sobem na vida, preferem uma boa parceira loura.É um mercado.
A aparência dos cabelos projetam uma identidade, que não é a que se tem, mas a que se gostaria de ter.Como se quer ser reconhecido e valorizado.
O homem, que, principalmente na cultura ocidental, é geralmente menos aparatoso, projeta na mulher que o acompanha o seu poder.
Desde há muito tempo, no interior da África, o cabeleireiro era figura respeitada.
Transitava, nômade, de uma a outra tribo, carregando variado equipamento.Ferros de formas diversas eram aquecidos em brasas, e usados no alisamento dos cabelos, que, assim, adquiriam a textura ideal para a montagem de modelos especiais de penteado que, além de incluir partes trançadas, eram guarnecidos de enfeites como folhas, sementes, conchas, ou outras coisas vistosas que se pudesse achar.Chamavam-se 'massunssus'.
Há, também na África, povos que usavam a urina do boi como descolorante dos cabelos, que ganham, assim, tons alaranjados.
Ou seja, é velha a intenção de se ficar mais bonito, modificando a aparência da cabeleira.E parece que já foi até mais criativa.
Ainda ando pelas ruas e encontro um séquito de Cleópatras de jeans,todas iguais, circulando com trejeitos que misturam timidez e provocação,sem se darem conta de que nem estão tão charmosas, pelo efeito artificial que predomina.
É a moda da chapinha, universalizada,que agride a estrutura capilar, mas, o que é pior,deixa muita mulher, que pensa que está linda, com uma aparência patética, pois é ridícula, mas é triste.

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