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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Jesus ainda carrega sua cruz

A passagem de Jesus pelo mundo é indubitável, apesar da falta de 'provas' de sua existência. Jesus nunca escreveu nada, e o que disse ou fez são histórias contadas por outros.Indubitável pela força dos relatos e pelos efeitos que ainda servem, senão como modelos, ao menos como referências a inúmeros movimentos atuais.
É muito importante buscar e definir claramente o que foi exatamente pregado por Jesus, já que ele foi líder de um movimento político de libertação, que muito pode nos orientar, e porque ele foi usado como bandeira, por outros movimentos: para alardeá-la, os que dela se serviam, para apedrejá-la,os que nela enxergavam ameaça.
Há que se apurar o verdadeiro cristianismo.
Eram comuns os profetas e visionários, magos e sábios de todo tipo, circulando pelas cidades da Antigüidade e pregando a vinda de uma salvação.
Grupos diversos se formavam, seguindo mestres, que representavam para a gente comum,um contato com alguma dimensão superior, mas também um elo de esperança de dias melhores. Lembremos a miséria e a ignorância predominantes. A brutalidade se expressava nas relações cotidianas.Os soberanos exploravam de tal forma a sociedade, que quase igualavam escravos e senhores.
Religiões antigas, em decadência,mas ainda vivas,tentavam sobreviver, mesmo perseguidas.Pela guerra,povos assenhoreavam-se de outros povos, impondo língua e costumes estranhos, que se sobrepunham.
Estar no poder era estar numa corda-bamba e qualquer manifestação de oposição podia custar a vida.Ansiava-se por libertação das condições precárias.
Em meio a tal estado de opressão, viveu Jesus o seu destino.
O destino de todo aquele traz uma verdadeira luz ao povo, o fogo para erguer-se e reencontrar a dignidade.O destino dos que insurgem-se contra a tirania e a concupiscência dos poderosos,e lutam pelos direitos da massa.
consta que Jesus dizia as seguintes palavras-de-ordem:
"Amai-vos uns aos outros", corretíssimo, quando se almeja que os aderentes de um movimento sejam leais à causa comum, não decaindo no egoísmo,princípio de dores alheias.Não se corrompa, pois você também sairá roubado.
"Crescei e multiplicai!", já que seus seguidores eram fracos em número e o sucesso daquele movimento dependia justamente do máximo de aderências. A multiplicação das idéias de libertação pelo reconhecimento da igualdade humana, garantiria a atitude de não aceitação do jugo por outros homens, que se auto apresentavam como superiores e até divinos.Estas palavras, talvez as mais gravemente deturpadas,foram reinterpretadas de forma bem chão, num sentido carnal, por ser o nascimento de novos servos de importância capital para o imperialismo propugnado.

"Só há um Senhor, que está no céu." Nada mais claro, para implantar-se
a negação dos reis, que viviam entre a luxúria e a violência,a custa da escravização dos povos.Era uma chamada universal.
O movimento foi poderoso.Mas, foi traído.Jesus não conseguiu seu intento,não salvou a humanidade, que,muito ao contrário, afunda-se mais e mais na servidão cega a valores e crenças obscuras e em práticas opostas àquelas pregadas pelo nazareno, embora muitos se digam cristãos. Ele não logrou o intento, mas deixou a fórmula para alcançá-lo e cumpriu o destino dos heróis: ser apontado, perseguido, traído, capturado,torturado e morto.
Ainda hoje,isso é assim.
O mais triste, é ver que depois de derrotado, Jesus viria a servir, com seu pensamento sublime,como panfleto para campanhas totalmente avessas às suas diretrizes,numa condenação bem mais dolorosa que os cravos de ferro.
Jesus foi apropriado, virou mito e foi desfigurado, agora pelas mídias de todas as épocas,e é a pedra em que se amarram os submissos, e a que se quer amarrar os iluminados, para que se submetam.
Jesus virou garoto propaganda para venda de produtos diversos e chamariz para explorar ingênuos e sustentar gente trevosa.
É compreensível todo o mistério que se desenvolveu sobre o nascimento de um Salvador, ou a mística com que revestiram sua imagem.Havia interesses imensuráveis.
Difícil é ver tanta gente enganada.O Cristo, vencido, a liberdade, adiada.

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