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sábado, 30 de janeiro de 2010

Sacrifício de animais

O argumento maior,que sustenta o preconceito e a discriminação religiosa contra o candomblé e demais religiões de matriz africana, no dizer de agora, as religiões dos negros,dizendo bem.
Quisera,dispusessem os negros devotos, de tantos animais para oferecer ritualmente aos seus deuses, quantos são,estes sim, sacrificados,tirados de sua rotina natural, para satisfazer prazeres e necessidades vitais de toda a sociedade,todos os dias,sobre a mesa.
A palavra 'sacrifício' precisa ser corrigida politicamente, tanto quanto 'escravo'. 'Escravizado' é termo mais próprio à maioria dos casos em que se usa o adjetivo, sintético.A voz passiva expressa mais claramente a realidade, já que inclui uma indagação.Quem escraviza?
'Sacrificar' soa pleonástico,denunciando a total ignorância dos fatos,nenhuma noção daquilo que se está atacando.E cegueira absoluta às soluções costumeiras para resolver questões sobre como matar a comida para a família.
Nas religiões que guardam modos africanos, quando se pode ter outro ser vivo para alimento do próprio corpo(desculpando-me agora um pleonasmo meu), este ato deve ser ritualizado. O animal é honrado e não deve sofrer. Não deve padecer dor.O sangue deve ser aparado de forma respeitosa. As partes de seu corpo, que não serão consumidas, recebem preparação especial,e estas são as oferendas. As partes que se come, são preparadas e servidas a uma comunidade, que festeja.
São costumes antigos,de quando não se ia às prateleiras do supermercado e se encontrava qualquer tipo de carne,à disposição,se comprava e se comia, sem qualquer preocupação com a origem, ou com como foi assassinado o ser, ali, congelado.
As pessoas comem carne todos os dias. Muitas têm nisso o termômetro de seu bem estar.Muitas dizem: 'sem carne, eu não como!'.
Para isso são escravizados muitos milhões de animais.E, na hora de matá-los,forçam-nos a uma fila do terror,dão-lhes seguidas porradas, humilham-nos, fazendo com que produzam pérfidos venenos,que penetram cada célula de seu corpo, que ficará muitíssimo tempo em geladeiras, até que um dia,seja posto em seu prato.
A Arte desenvolvida há várias gerações,de pedir perdão por tirar uma vida, de agradecer pelo alimento encontrado,prepará-lo como um ato sagrado e dividí-lo com o máximo possível de gente parece muito laboriosa.Incomoda mentes práticas,mais predispostas a logo desclassificar aquilo de que não entendem nada.
Rituais em que se costumam incluir oferendas de animais são cada vez mais raros, até porquê, muito se vem fazendo para inviabilizar costumes e tradições vindos da África. Há muito tempo.
Há, entretanto, grupos religiosos com crenças e costumes de outras origens,que criaram um sincretismo todo próprio,ao misturar referências da magia negra,do catolicismo,da magia cigana,com práticas mal aprendidas das religiões que o povo negro já praticava aqui. O Demônio passou a chamar-se Exú.O mundou ficou entre o céu e o inferno...
Nada a ver com negros nem com o Candomblé, de origem africana.

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